Assentamento agroextrativista americana: campesinato, biodiversidade e agroecologia no cerrado mineiro
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i1.205Palabras clave:
Assentamento de Reforma Agrária, Agroextrativismo, Cerrado, Agroecologia.Resumen
Este artigo retrata a experiência do Assentamento Agroextrativista Americana (Grão Mogol-MG): seus antecedentes históricos, sua concepção e sua implantação. Fruto da luta pela terra e pelo reconhecimento identitário do povo tradicional Geraizeiro, o Assentamento foi criado com apoio de organizações como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM). A proposta inclui cultivos e criações em sistemas agroecológicos e o aproveitamento sustentável da biodiversidade nativa (ou seja, o extrativismo de frutos, plantas medicinais etc.), o que requer a manutenção de cerca de 68% da vegetação de Cerrado existente na área. A implementação da proposta mostra-se de grande complexidade, devido às diferentes origens e situações social, econômica e cultural das famílias assentadas. Um grupo organizado dentro do Assentamento – o Grupo Agroextrativista do Cerrado – vem demonstrando a viabilidade da proposta, almejando expandi-la e replicá-la para outras comunidades do Cerrado brasileiro.
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