Assentamento agroextrativista americana: campesinato, biodiversidade e agroecologia no cerrado mineiro
DOI:
https://doi.org/10.25059/2527-2594/retratosdeassentamentos/2016.v19i1.205Palavras-chave:
Assentamento de Reforma Agrária, Agroextrativismo, Cerrado, Agroecologia.Resumo
Este artigo retrata a experiência do Assentamento Agroextrativista Americana (Grão Mogol-MG): seus antecedentes históricos, sua concepção e sua implantação. Fruto da luta pela terra e pelo reconhecimento identitário do povo tradicional Geraizeiro, o Assentamento foi criado com apoio de organizações como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM). A proposta inclui cultivos e criações em sistemas agroecológicos e o aproveitamento sustentável da biodiversidade nativa (ou seja, o extrativismo de frutos, plantas medicinais etc.), o que requer a manutenção de cerca de 68% da vegetação de Cerrado existente na área. A implementação da proposta mostra-se de grande complexidade, devido às diferentes origens e situações social, econômica e cultural das famílias assentadas. Um grupo organizado dentro do Assentamento – o Grupo Agroextrativista do Cerrado – vem demonstrando a viabilidade da proposta, almejando expandi-la e replicá-la para outras comunidades do Cerrado brasileiro.
Referências
BRASIL. Constituição (1987). Portaria nº n.627, de 30 de julho de 1987. Cria Modalidade de Projeto de Assentamento Extrativista.: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
CAA-NM; UFMG. Plano de Desenvolvimento do Assentamento Americana. Montes Claros: Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas. Universidade Federal de Minas Gerais, 2002, 99p.
DAYRELL, C. A. Geraizeiros y biodiversidad en el Norte de Minas Gerais: la contribuición de la agroecologia e de la etnoecologia en los estudios de los agroecossistemas. Dissertação de mestrado, Universidad Internacional de Andalucia, Espanha, 1998, mimeo.
DAYRELL, C. A.; L., A. Fazenda Americana: Estudo de Viabilidade e Propostas de Assentamento Rural. Montes Claros: Instituto de Colonização e Reforma Agrária – Superintendência Regional 06. Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, 1999, 15p.
DAYRELL, C. A.; SANTA ROSA, H. Narrando o enredamento das populações do sertão norte-mineiro e do CAA: uma trajetória de 20 anos. Revista Verde Grande, v.1, n.3, 2006, p.52-73.
IBGE. Censo Agropecuário 2006 - Minas Gerais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2006. http://www.ibge.gov.br/estadosat/download/ mg_censoagro.csv MACIEL, L. M. M.;
CARVALHO, A. P. F. Mapa de adequação de uso das terras como subsídio à elaboração de trabalhos de gestão ambiental em projetos de assentamento, estudo de caso PA Americana, município de Grão Mogol-MG. Espaço & Geografia, v.12, n. 2, 2009, 243:269.
MAZZETTO-SILVA, C. E. Ordenamento territorial no Cerrado brasileiro: da fronteira monocultora a modelos baseados na sociobiodiversidade. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n.19, jan/jun. 2009, p.89-109.
NOGUEIRA, M. C. R. Gerais a dentro e a fora: identidade e territorialidade entre Geraizeiros do Norte de Minas Gerais. Tese (Doutorado em Antropologia). Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, 2009, 233p.
PORTO-GONÇALVES, C. W. As Minas e os Gerais: breve ensaio sobre desenvolvimento e sustentabilidade a partir da geografia do Norte de Minas. In: LUZ, C DAYRELL, C.. Cerrado e desenvolvimento: tradição e atualidade. Montes Claros: Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas. 2000, p.19-46.
RIBEIRO, R. F. Florestas anãs do sertão: o Cerrado na história de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, 480p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html